Ernesto
Guevara de La Serna formou-se em Medicina. No início da década de 1950,
juntamente com o amigo Alberto Granado, percorreu de moto o continente
americano, indo desde seu país natal até Miami, nos Estados Unidos, numa
aventura de mais de dez mil quilômetros que iria mudar sua vida. Foi
por causa da visão de tanta miséria e impotência e das lutas e
sofrimentos que presenciou em suas viagens que o jovem médico Ernesto Guevara
concluiu que a única maneira de acabar com todas as desigualdades sociais era
promovendo mudanças na política administrativa mundial.
Em sua passagem pela
Guatemala, onde chegou em dezembro de 1953, Che presencia a luta do
recém-eleito presidente Jacob Arbenz Guzmán, liderando um governo de cunho
popular, na tentativa de realizar reformas de base, eliminar o latifúndio,
diminuir as desigualdades sociais e um dos principais objetivos, garantir a
mulher no mercado de trabalho.As experiências na Guatemala são importantes na
construção de sua consciência política. Lá, Che Guevara auto define-se um
revolucionário e posiciona-se contra o imperialismo americano.
Já em 1954, no México, conheceu e se juntou aos irmãos cubanos Fidel e Raul
Castro, que estavam organizando um grupo
guerrilheiro para derrubar o governo ditatorial de Cuba.
Guevara
tornou-se o médico da tropa, que desembarcou na ilha no final de 1956. Ao longo
dos três anos seguintes, foi deixando a medicina para tornar-se combatente e
líder militar, ganhando nessa época o apelido de "Che". Com a vitória
do movimento revolucionário, em 1959, Che promulgou cerca de 400 (ou mais)
sentenças de morte, os chamados "justiçamentos", contra adversários
do novo regime.
A revolução
cubana não tinha um caráter explicitamente socialista em seus primeiros momentos. A tentativa norte-americana de
controlar o novo governo de Fidel, porém, levou este último a aproximar-se da
União Soviética, no âmbito da Guerra
Fria, e a aderir ao marxismo, criando uma vertente latino-americana do stalinismo, ou
seja, a ditadura de um partido único sobre a sociedade.
Guevara, por sua vez, não se adaptou à vida burocrática no regime cubano. Acreditava que toda a América Latina precisava ser transformada, através de revoluções sucessivas. Em 1965, deixou Cuba e estabeleceu um foco guerrilheiro na Bolívia, onde acabou cercado pelo exército local. Che foi preso em 8 de outubro de 1967 e executado no dia seguinte.
O fato de ter deixado o poder em Cuba para vir morrer nos confins da selva boliviana, tornou Che um símbolo de determinação e coragem, respeitado até por aqueles que não compartilham das idéias socialistas. Sua imagem passou a representar a rebeldia, o inconformismo e a de liberdade da juventude, independentemente de concepções políticas e ideológicas.
Guevara, por sua vez, não se adaptou à vida burocrática no regime cubano. Acreditava que toda a América Latina precisava ser transformada, através de revoluções sucessivas. Em 1965, deixou Cuba e estabeleceu um foco guerrilheiro na Bolívia, onde acabou cercado pelo exército local. Che foi preso em 8 de outubro de 1967 e executado no dia seguinte.
O fato de ter deixado o poder em Cuba para vir morrer nos confins da selva boliviana, tornou Che um símbolo de determinação e coragem, respeitado até por aqueles que não compartilham das idéias socialistas. Sua imagem passou a representar a rebeldia, o inconformismo e a de liberdade da juventude, independentemente de concepções políticas e ideológicas.
“As viagens pela
América Latina me fizeram conhecer a miséria, a fome, a impossibilidade de
tratar das crianças por falta de recursos, o embrutecimento causado pela
injustiça e pelo sofrimento. Vi coisas que acabaram por me parecer tão
importantes quanto o empenho em me tornar um pesquisador famoso.’’
Ernesto Che Guevara
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