Ernesto Che Guevara,
argentino por naturalidade e adotado por cuba, é considerado um das figuras
mais influentes no mundo há muito tempo. A sua figura desperta muitas opiniões
a favor e contra na opinião pública, para alguns, che
representa a rebeldia, a luta contra a injustiça social e o espírito
incorruptível. Já outros o consideram como um criminoso, responsável por
assassinatos em massa. Porém, para entender a figura de Che, precisamos
retornar à suas raízes.
Filho de Ernesto Guevara e de Celia de la Serna,
Ernesto Guevara de La Serna nasceu e cresceu na Argentina, onde cursou a
faculdade de Medicina em Buenos Aires.
Em 1951, faltando apenas 6 meses para terminar o
curso, Ernesto e seu amigo Alberto Granado, bioquímico, saem em uma viagem para
explorar a América Latina, de Buenos Aires a Caracas, a bordo de uma velha
motocicleta, apelidada de “La poderosa”. Durante a viagem, os dois observam,
se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento
profundo. Nessa viagem, Ernesto começa a ver a America latina como uma única
entidade economica e cultural. Os dois
visitam minas de cobre, povoações indígenas e leprosarias, interagindo com a
população, especialmente os mais humildes. Esses oito meses de viagem marcam a
ruptura de Guevara com os laços nacionalistas, era um jovem incomodado com a
pobreza e as desigualdades a sua volta.
Quando retornou à Argentina, Ernesto terminou a
faculdade de Medicina e saiu em outra viagem, dessa vez definitiva, passando por
Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala.
Nessa viagem, Ernesto dá mostras de seu profundo humanismo, vai crescendo e
agigantando seu modo revolucionário de pensar e seu firme antiimperialismo.
Ao se deparar com a realidade dos povos da
América Latina, que sob seu modo de pensar estavam subjugados pelo imperalismo “yank”,
e portanto, manipulados de maneira que o capital atingisse os seus objetivos,
decide agir.
A partir daí, Ernesto mergulha na sua ficção de
ver a América latina livre deste imperialismo. Assume então, uma nova
identidade: Morre o Ernesto sonhador para nascer o Che idealizador, que está
decidido a entregar sua própria vida a atingir o idealismo de Ernesto.
O socialismo frutifica então no peito de Che. Ao
pegar em armas, em Cuba, para derrubar aquele que seria seu primeiro objetivo
dessa luta pela liberdade socialista, Che e seus companheiros, ao derrubar
Fulgêncio Batista, imagina ter dado o primeiro grande passo para libertar a América
Latina.
Era uma realidade tão utópica que sonhava Che,
atingir objetivos que até Simon Bolivar outrora sonhara. Neste momento, a fama
e a admiração dos povos da América com este, que seria o seu novo libertador,
acabam por popularizar, de forma muito efetiva, o mito a cerca de Che.
Cada José latino americano, também imaginava ser
o próprio Che. Feliz ou infelizmente, o sonho restou por terminar, jazia lá nas
matas bolivianas, alcançado por um balaço de um outro pobre José, o corpo de
Ernesto, o sonho de Che.
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