sábado, 25 de maio de 2013

O tempo é rei


Adilson de Oliveira
Físico e Professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).


O artigo escrito por Adilson de Oliveira fala o como marcar o tempo sempre foi uma necessidade humana, desde o primórdio da civilização. Atualmente nossas vidas são cada vez mais dependentes de seu controle e a percepção é de que ele se torna cada vez mais escasso. Falar sobre o tema para Adilson é um de seus favoritos, pois suscita reflexões tanto do ponto de vista da física quanto da filosofia, psicologia, arte, literatura, música e outras tantas disciplinas. 

O autor analisa o tempo que apesar de ter uma medição bem definida, não é de fácil definição nem de universal percepção. Podemos ficar envolvidos com certas atividades nas quais não percebemos o tempo passar. É o que acontece, por exemplo, quando fazemos algo que nos agrada, como uma leitura cativante ou estar na companhia de uma pessoa interessante. Da mesma maneira, em outras situações, alguns poucos minutos podem nos causar a sensação de que horas se passaram. O autor cita como o caso de quando fazemos algo maçante ou vivemos um problema angustiante, como ficar preso no elevador. 
Adilson relata em seu texto que o tempo pode nos parecer abstrato, sem realidade física, apenas uma sucessão de eventos que marcam a sua passagem, como a rotação e translação da Terra e o movimento dos ponteiros dos relógios. Mas o tempo tem uma conexão profunda com aspectos fundamentais da natureza e, ao mesmo tempo, não pode existir sozinho. 

Ao buscar fundamentação a seu texto construindo conceitos, o autor apresenta a famosa reflexão feita por Santo Agostinho (354-430), e outra pelo o francês René Descartes, e também analisa o conceito clássico de tempo como algo de fundamental importância para descrever os fenômenos naturais tem uma das suas primeiras definições na grandiosa obra de Isaac Newton (1642-1727). Cita em sua obra a afirmação de Newton que e o tempo é algo independente, que passa sem sofrer qualquer ação, seja ela humana ou natural. Adilson utiliza conceitos de Newton sobre a translação da Terra como uma forma de entender o tempo.

A forma para compreender o tempo permaneceu inalterada até o começo do século 20. Nessa época estavam consolidados dois pilares importantes da física: a mecânica clássica e o eletromagnetismo. Mas que havia uma incompatibilidade entre as teorias na hora de observar alguns fenômenos. 

Então, em 1915, Albert Einstein publicou um artigo revolucionário: "Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento", apresentando os princípios da teoria da relatividade restrita. O autor resume a teoria dizendo que ela possui dois princípios fundamentais: que as leis físicas são as mesmas para todos os observadores inerciais (em repouso ou em movimento uniforme) e que a velocidade da luz é invariante para qualquer observador. Assim, Einstein provou que a passagem do tempo depende do movimento; quanto mais rápido algo se move, mais lento o tempo passa.

Adilson conclui que o tempo é muito enigmático e ainda é estudado por cientistas e filósofos, mas que uma resposta definitiva para sua verdadeira natureza ainda não foi alcançada.





Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/tempo-rei/?searchterm=Tempo+rei

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