Adilson de Oliveira
Físico
e Professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O
artigo escrito por Adilson de Oliveira fala o como marcar o tempo sempre foi
uma necessidade humana, desde o primórdio da civilização. Atualmente nossas
vidas são cada vez mais dependentes de seu controle e a percepção é de que ele
se torna cada vez mais escasso. Falar sobre o tema para Adilson é um de seus
favoritos, pois suscita reflexões tanto do ponto de vista da física quanto da
filosofia, psicologia, arte, literatura, música e outras tantas
disciplinas.
O
autor analisa o tempo que apesar de ter uma medição bem definida, não é de
fácil definição nem de universal percepção. Podemos ficar envolvidos com certas
atividades nas quais não percebemos o tempo passar. É o que acontece, por
exemplo, quando fazemos algo que nos agrada, como uma leitura cativante ou
estar na companhia de uma pessoa interessante. Da mesma maneira, em outras
situações, alguns poucos minutos podem nos causar a sensação de que horas se
passaram. O autor cita como o caso de quando fazemos algo maçante ou vivemos um
problema angustiante, como ficar preso no elevador.
Adilson
relata em seu texto que o tempo pode nos parecer abstrato, sem realidade
física, apenas uma sucessão de eventos que marcam a sua passagem, como a
rotação e translação da Terra e o movimento dos ponteiros dos relógios. Mas o
tempo tem uma conexão profunda com aspectos fundamentais da natureza e, ao
mesmo tempo, não pode existir sozinho.
Ao
buscar fundamentação a seu texto construindo conceitos, o autor apresenta a
famosa reflexão feita por Santo Agostinho (354-430), e outra pelo o francês
René Descartes, e também analisa o conceito clássico de tempo como algo de
fundamental importância para descrever os fenômenos naturais tem uma das suas
primeiras definições na grandiosa obra de Isaac Newton (1642-1727). Cita em sua
obra a afirmação de Newton que e o tempo é algo independente, que passa sem
sofrer qualquer ação, seja ela humana ou natural. Adilson utiliza conceitos de
Newton sobre a translação da Terra como uma forma de entender o tempo.
A
forma para compreender o tempo permaneceu inalterada até o começo do século 20.
Nessa época estavam consolidados dois pilares importantes da física: a mecânica
clássica e o eletromagnetismo. Mas que havia uma incompatibilidade entre
as teorias na hora de observar alguns fenômenos.
Então,
em 1915, Albert Einstein publicou um artigo revolucionário: "Sobre a
eletrodinâmica dos corpos em movimento", apresentando os princípios da
teoria da relatividade restrita. O autor resume a teoria dizendo que ela
possui dois princípios fundamentais: que as leis físicas são as mesmas para
todos os observadores inerciais (em repouso ou em movimento uniforme) e que a
velocidade da luz é invariante para qualquer observador. Assim, Einstein provou
que a passagem do tempo depende do movimento; quanto mais rápido algo se move,
mais lento o tempo passa.
Adilson
conclui que o tempo é muito enigmático e ainda é estudado por
cientistas e filósofos, mas que uma resposta definitiva para sua verdadeira
natureza ainda não foi alcançada.
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/tempo-rei/?searchterm=Tempo+rei
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