quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A politica do new deal

A crise do liberalismo econômico abriu portas para a reformulação das práticas capitalistas e a relação das mesmas com o poder de intervenção que o Estado tem sobre a economia. O crash da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, colocou em xeque os princípios do liberalismo clássico ao deflagrar uma das maiores crises presenciadas na história do capitalismo. No liberalismo clássico pregava-se o ideal de que a economia seria um organismo auto-regulamentado. Segundo sua lógica, quanto maior a liberdade dada às atividades econômicas, maior seriam as condições para que determinado país conseguisse ampliar suas fontes de riqueza. Dessa maneira, o liberalismo clássico desaprovava qualquer esforço governamental onde o estado não intervia na economia. Agindo sob a possibilidade de crescimento da economia, a especulação financeira acabou impondo um ritmo de crescimento nem sempre correspondente à situação real da economia. Ao sentir os impactos desse processo de artificialização da economia, exigiu-se dos Estados Unidos a criação de um modelo alternativo de desenvolvimento econômico. Eleito presidente em 1932, Franklin Delano Roosevelt tinha como maior desafio reerguer a maior economia da época. Então foi proposto o governo chamado New Deal. Esse plano econômico abriu portas para que o Estado tivesse participação direta na economia nacional. Entre outras ações o New Deal estabelecia o controle na emissão de valores monetários, o investimento em setores básicos da indústria e a criação de políticas de emprego. Dessa maneira, o governo de Roosevelt buscou uma recuperação econômica segura e gradual. Além de controlar o progresso econômico, o New Deal também implantou uma série de ações que conciliavam as questões econômicas e sociais. A partir disso foi criado um plano de bem estar social. Politicamente, o New Deal influenciou enormemente o movimento sindical norte-americano, então base eleitoral do Partido Democrata. Mesmo alcançando bons resultados, o New Deal perdeu espaço, no final da década de 1970, quando perspectivas renovadas do liberalismo começaram a ganhar hegemonia.


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