quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Temas História.

Revolução Russa
Durante muito tempo a Rússia , junto com a Inglaterra, a França, a Alemanha e a Áustria, foi uma das maiores potências da Europa. O século XIX foi um período de enriquecimento, porém, esse crescimento foi algo que parou no tempo, pois enquanto os outros países se fortificavam, se industrializando e buscando modernizações, a Rússia ficava estagnada no tempo, sem fazer nenhuma reforma ou buscar nada de novo. Com uma economia baseada na agricultura, ela era uma nação considerada atrasada em relação aos outros, já que não acontecia nenhum investimento nem interesse em modernizar as plantações.

O Czar Nicolau II, que governava a Rússia, cobrava altos impostos dos trabalhadores rurais, que trabalhavam muito e ganhavam extremamente pouco, se mantendo em um terrível estado de miséria. Os trabalhadores da área urbana, que viviam da escassa indústria viviam descontentes, pois não aprovavam os mandos e desmandos do Czar.
No ano de 1905, após Nicolau II mostrar a face violenta de seu governo, mandando seu exército fuzilar milhares de manifestantes no episódio que ficou conhecido como Domingo Sangrento, os trabalhadores russos sob a liderança de Lênin decidiram começar a revolução socialista da Rússia.

Mesmo com uma Rússia precária, sofrendo da falta de emprego, escassez de alimentos, salários indignos, e uma alta taxa de pobreza, Nicolau II decidiu incluir o país na Primeira Guerra Mundial, ato este que aumentaria ainda mais a insatisfação do povo e o prejuízo existente no país.
Sonhando com mudanças, o exército russo abandona a Guerra e em 1917 organiza uma Revolução, que tinha como objetivo tirar do poder o Czar Nicolau II e tentar estabelecer uma república popular, de cunho liberal, que trouxesse uma nova perspectiva da vida ao povo Russo. A população não aguentava mais viver em uma situação de descaso, onde os investimentos industriais eram concentrados em centros urbanos submetendo as pessoas as jornadas de 12 a 16 horas diárias de trabalho, sem receber alimentação, sujeito a doenças, trabalhando em locais imundos sem nenhuma condição de higiene. Quanto mais acontecia esse tipo de exploração mais as ideias socialistas afloravam.

Essa revolução fez com que o Czar abdicasse de seu trono, dando o poder a um governo provisório, que tinha no comando o príncipe Georgy Lvov.
Sem mudar muita coisa na realidade da Rússia, o governo provisório não agradou a população. Na madrugada do dia 25 de outubro os bolcheviques, que tinha como líder Lênin, seguidos por socialistas revolucionários e elementos anarquistas, seguiram até a sede do Governo Provisório e o invadiram.

Desta forma, o Partido Bolchevique derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético, que acreditavam ser a melhor forma de governo existente.
Ao assumir, um dos primeiros atos de Lênin foi a retirada de seu país da Primeira Guerra Mundial, no ano de 1918, e a instalação do Partido Comunista.  Ele também implantou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS, que tornou-se uma das maiores potências econômicas e militares do globo.
No que se diz respeito à democracia, não houve muitas mudanças, pois o Partido Comunista reprimia toda e qualquer manifestação que era considerada contra os princípios socialistas.

Pedro Bernis n°23

Efeitos da Crise de 29 no Brasil

A Crise de 1929 atingiu em cheio a economia do Brasil, muito dependente das exportações de um único produto, o café. Mas, mais do que gerar dificuldades econômicas, o crash provocou uma mudança no foco de poder no país, acabando com um pacto político interno que já durava mais de trinta anos.
Entre os anos de 1894 e 1930, o presidente da República foi eleito pelos paulistas barões do café num mandato, e no outro pelos pecuaristas mineiros. Era a chamada política do café com leite, viabilizada pela hegemonia da oligarquia cafeeira paulista na época e que garantiu a formação de uma economia agrícola praticamente monoexportadora no país.
Em 1929, a quebra nos mercados acionários do mundo provocou uma forte queda nos preços internacionais das commodities, pois o Brasil era fortemente dependente das exportações de café, e tinha uma enorme dívida externa, que precisava ser financiada com essas vendas.
Além da queda nos preços, a crise provocou uma diminuição na renda e no consumo no mundo todo, prejudicando ainda mais as vendas de café. As exportações do produto, que chegaram a US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. A cotação da saca no mercado internacional, caiu quase 90% em um ano.
Na tentativa de conter a queda, o governo federal comprou grande parte dos estoques dos produtores, e queimou 80 milhões de sacas do produto. A ideia era queimar para diminuir a oferta e aumentar o preço internacional, porque o Brasil era o maior país exportador.
A crise arruinou a oligarquia cafeeira, que já sofria pressões e contestações dos diferentes grupos urbanos e das oligarquias dissidentes de outros Estados, que almejavam o controle político do Brasil.
O que aconteceu, então, foi que o foco do poder no país foi deslocado para o gaúcho Getúlio Vargas, que se tornou presidente da República após a Revolução de 1930. Do ponto de vista político, a crise foi importante porque desviou o foco do poder para Getúlio Vargas e para um projeto de industrialização.
O novo presidente, porém, sabia que, mesmo com o fim da oligarquia paulista, o café não podia ser deixado de lado. Assumiu, então, uma nova política de defesa da cafeicultura, na tentativa de equilibrar os preços e evitar a superprodução.
Getúlio tratou de não romper tão radicalmente com a oligarquia agrícola, e o café continuou sendo importante no Brasil. Isso começa a mudar mesmo a partir de Juscelino Kubitschek e, principalmente, a partir do Golpe de 1964.
A Grande Depressão, porém, dificultou os esforços do governo para ajudar o café e somente no final da década de 1930 o café começou a recuperar os bons preços nos mercados internacionais.

Guilherme Xavier n°10







A vida nas Trincheiras

Antes que a Primeira Guerra Mundial acontecesse, as várias nações envolvidas neste conflito se preparavam com uma opulenta tecnologia militar. Dessa forma, quando a “Grande Guerra” eclodiu, em 1914, o tempo de movimentação das tropas durou muito pouco tempo. Estava claro que ambos os lados eram belicamente poderosos e que o menor avanço territorial só aconteceria ao custo de milhares de vidas.

Dessa forma, os soldados de ambos os lados passaram a cavar trincheiras de onde tentavam, ao mesmo tempo, se proteger e atacar. Geralmente, uma trincheira era aberta pela tropa e contava com cerca de 2,30 metros de profundidade, por dois metros de largura. No ponto mais alto, eram colocados sacos de areia e arames farpados que protegeriam os soldados das balas e dos estilhaços das bombas. Além disso, um degrau interno chamado “fire step” permitia a observação dos inimigos.

Para que as tropas inimigas não conseguissem conquistar uma trincheira em um único ataque, os soldados tinham o cuidado de não construí-las em linha reta. Trincheiras auxiliares e perpendiculares também eram construídas para que o tempo de reação a um ataque fosse ampliado. Apesar da proteção, uma bomba certeira ou uma rajada de tiros oportuna poderia deixar vários soldados feridos. As mortes repentinas e os ataques inesperados eram constantes.

Além do poder das armas, a própria trincheira era outra inimiga para os soldados que se amotinavam naquele espaço insalubre. Os mortos que se acumulavam nas trincheiras eram um grande chamariz para os ratos que se alimentavam da carne pútrida dos corpos. Entre as doenças usualmente contraídas nas trincheiras se destacavam a “febre de trincheira”, reconhecida por fortes dores no corpo e febre alta; e o “pé de trincheira”, uma espécie de micose que poderia resultar em gangrena e amputação.

Entre duas trincheiras inimigas ficava a chamada “terra de ninguém”, onde arame farpado e corpos em decomposição eram bastante recorrentes. A presença naquele território era bastante arriscada e só acontecia pelo uso de frentes muito bem armadas. Geralmente, um soldado assumia várias funções no campo de batalha, tendo suas forças utilizadas para o combate, a manutenção das tropas, o apoio reserva e nos terríveis dias que passavam na própria trincheira.


Mais que uma simples estratégia militar, as trincheiras representavam intensamente os horrores vividos ao longo da Primeira Guerra Mundial. Submetidos a condições de vidas extremas, milhares de soldados morreram em prol de um conflito em que a competição imperialista era sua razão maior. Pela primeira vez, a capacidade dos homens matarem atingiu patamares que abalavam aquela imagem de razão e prosperidade que justificava o capitalismo monopolista.
  Peter James nº27



Formação da triplice entente e aliada.

Ficou conhecida como Tríplice Entente (entente = acordo, contrato) a coalizão militar constituída na primeira década do século XX, onde os Impérios Britânico, Russo e República Francesa se uniram para fazer frente à política expansionista de outro bloco, a Tríplice Aliança (constituída pelos Impérios Alemão, Italiano e Austro-Húngaro), formado em 1882. Esse processo de alianças na virada do século XIX para o XX reflete uma mudança que ocorria no cenário político europeu: as antigas potências, Grã-Bretanha e França, com seus vastos impérios coloniais distribuídos pelo globo, vinham sofrendo a concorrência de novas forças como Alemanha e Itália, recentemente constituídos estados nacionais unificados, que rapidamente conquistavam tanto fatias importantes dos mercados globais quanto inauguravam seus próprios impérios coloniais. Esta concorrência de novas forças políticas naturalmente gerou graves atritos. A solução para resolver as discórdias foi a constituição de acordos econômicos, políticos e militares onde países com interesses semelhantes se reuniam. Assim, dois blocos distintos se destacaram: a “Tríplice Aliança” e a “Tríplice Entente”. Esta criação de alianças, combinada com a diplomacia secreta, prática comum em meio à política europeia na época, foram fatores determinantes para o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914. A Tríplice Entente seria formada em 1907, justamente pelos principais rivais da Alemanha nas disputas por mercado e áreas coloniais. Caso ocorresse um conflito e a Alemanha saísse vitoriosa, esta poderia se tornar senhora do comércio internacional, país preponderante politicamente na Europa e ainda conquistar vários territórios coloniais, expandindo o seu império. Enfim, era o sonho máximo dos pan-germanistas, os simpatizantes de uma supremacia política e econômica alemã, apoiada ainda pelo velho Império Austro-Húngaro.
Por ocasião da guerra, a Itália seria convencida a se unir à Entente a partir de um trato feito com a Inglaterra. Após iniciado o conflito, os Estados Unidos viriam a reforçar o grupo com o afundamento por parte de forças alemãs de um navio repleto de tripulantes norte-americanos. De outro lado, o Império Russo, tomado por crises sociais agravadas pelo esforço de guerra irá retirar-se tanto da aliança quanto do conflito mundial. Logo depois, o país seria tomado por uma onda revolucionária na qual emergirá um novo ente que herdará as fronteiras do antigo império, a União Soviética. A saída da Rússia e, sobretudo, a entrada dos Estados Unidos na guerra mudariam substancialmente os rumos do conflito. Fortalecidos, os países da Entente conseguiriam romper o imobilismo em que se encontrava a disputa. Em 1918 o Império Austro-Húngaro e a Alemanha estavam derrotados. No dia 11 de novembro, representantes da Alemanha assinavam o acordo de paz, dentro de um vagão de trem em Compiegne, França. Pelo acordo, os alemães aceitavam as condições de rendição estabelecidas pelos países vitoriosos.



A Derrota Alemã na 1º Guerra Mundial



O pesadelo acabou: depois de quatro anos de sofrimento, uma multidão celebra o anúncio do armistício nas ruas de Paris

O conflito imperialista entre Alemanha e Grã-Bretanha e entre o Império Austro-Húngaro e o Império Russo levou a um combate mundial que resultou na fragmentação dos Impérios centrais e a Revolução Russa de 1917. Foi o Kaiser Wilhelm II quem rompeu a política de Bismarck de manter uma aliança com a Grã-Bretanha e a Rússia, no sentido de isolar a França. Ao dar apoio ao Império Austro-Húngaro contra os sérvios (apoiados pelos russos), a Alemanha possibilitou uma guerra civil européia, que levou a guerra mundial. A França manteve a aliança com a Grã-Bretanha (temerosa quanto ao poderio alemão), e rompeu o 'bloqueio diplomático' ao financiar o decadente absolutismo russo. A Alemanha avançou pela Bélgica, rumo a Paris, mas as tropas foram contidas pela resistência dos franceses. Forma-se uma linha defensiva, composta de trincheiras. Cada lado tenta ofensivas, apenas para ser repelido, com baixas assustadoras. Num impasse que durou mais de dois anos! Até as novas ofensivas de cada lado em 1917 e 1918. No leste, os alemães atacaram e empurraram os russos. A péssima condição do exército czarista levou a rebeliões que culminaram na Revolução de fevereiro de 1917, que avançou para uma revolução bolchevique em outubro do mesmo ano, quando os sovietes de operários, soldados e camponeses exigiram o armistício. Assim, a Rússia sai da guerra. E os EUA entram. Em 1917, os norte-americanos engrossam as fileiras franco-britânicas e repelem a última ofensiva alemã. Antes que a Alemanha seja invadida, os militares germânicos se rendem, temendo o avanço da 'revolta vermelha', promovida pelos bolcheviques internos. É extinta a monarquia e implantada uma república social- democrata, a República de Weimar. A I Grande Guerra mobilizou 65 milhões de soldados, sendo 4 milhões de alemães, 4 milhões de franceses e 42 milhões dos aliados (britânicos, norte-americanos e russos, a maioria). As baixas totalizaram 5 milhões de mortos, 2 milhões de desaparecidos e 3 milhões de feridos. Acontecem os primeiros reconhecimentos aéreos e bombardeios aéreos contra as tropas, além do uso de tanques (invenção britânica).

Guilherme Albero nº09



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