quarta-feira, 19 de junho de 2013

Comparação sociológica do filme Avatar ao Imperialismo do séc. XIX.

O filme Avatar retrata muito bem a ideia de superioridade das raças, que conta a história de um povo - os Na’vi – que habita o mundo de Pandora e possuem cultura, religião e língua própria. Os humanos são atraídos para esse planeta devido ao Unobtainium, um minério muito valioso.

Primeiramente os militares utilizavam de violência para guerrear com os nativos – primitivos segundo eles – em busca da exploração de Pandora, sem se quer se preocupar com a vida existente ali. Já os cientistas utilizaram anos de pesquisa e aprofundamento, inclusive capazes de construir uma máquina com alta tecnologia que possibilitava aos humanos alcançar a aparência física idêntica à dos nativos, o que contribuiu para uma maior “facilidade” na busca pelo entendimento do modo de vida dos Na’vi. Relacionando o filme ao imperialismo temos os europeus que seriam os militares, e os asiáticos e africanos que seriam os nativos. Os militares se colocavam no direito de invadir Pandora e explorar as riquezas ali presentes sem dar nada em troca aos nativos. Uma diferença entre o filme e o imperialismo é que apesar da exploração foi proporcionado um avanço científico.

O imperialismo do fim do século XIX consistiu na busca de expansão de mercados consumidores para a produção industrial, de mão de obra barata e garantia de fornecimento de matéria prima, além do controle dos mercados externos para investimento de capitais. Essa disseminação do capitalismo, que favorecia os países europeus, foi camuflada como ''missão civilizadora'', que espalharia o progresso técnico-científico pelas colônias. Isso foi feito, porém apenas planejado a partir do interesse próprio dos europeus, o que resultou na definição das classes sociais. A discriminação de cidadãos africanos e asiáticos, principalmente dentro do território europeu, foi reforçado nessa época.

"A teoria do darwinismo social foi criado a já faz dois séculos e tornava os africanos e asiáticos(colônias em geral) inferiores aos europeus colonizadores, o problema é que o darwinismo social não só foi criado, como também ainda existe e é utilizado muito frequentemente para uma sociedade tão avançada como a nossa, é usado especialmente em lugares que foram colonizados por europeus contra a própria vontade do povo local, a partir do momento em que alguém se acha superior à outra pessoa, todo as pessoas começam com regras e teorias criadas sem valor teórico".
Gustavo Grubel nº 12


"É impossível afirmar que o Darwinismo Social não está presente nos dias de hoje, isso é um fato. Não há quem diga que as potências atuais não se apoiem sobre paises que podem se tornar subordinados em relação a algum interesse. Mas o Darwinismo Social, pode ser uma prática que oferece poder para os países "inferiores". Quando é preciso expandir o mercado, o foco do desenvolvimento e investimento é levado para esses países. Hoje em dia, vemos que os que se um dia foram vitimas do Darwinismo Social neocolonial se encontram em fase de desenvolvimento intenso. Alguns desses paises, atualmente, formam grupos, blocos economicos, que representam grande parte do mercado da economia mundial (como os BRICS)".
Victor Valério nº 29


"O darwinismo social é quando uma certas pessoas são vista inferiores em relação a outro grupo, por motivo étnicos, sociais ou econômicos. Foi muito presente na época da escravidão nas Américas e mais tarde no Imperialismo Europeu que dominava o continente africano. Mas hoje em dia o uso do darwinismo social se dá de maneiras diferentes, como, por exemplo, na exploração do trabalho, que é um "pseudoescravismo" já que o trabalhador recebe pelo que produz, mas tem péssimas condições de vida e trabalho. Um exemplo da exploração é o caso dos bolivianos que vem trabalhar no Brasil em ofinicas de costura que de tempos em tempos viram notícias de jornais por todo o país. Nessas oficinas os emppregados ganham cerca de R$ 5,00 por calça feita enquanto na loja o produto é vendido por cerca de R$ 150,00. Além de péssimo salário os empregados trabalham sem nenhum tipo assistência".
Caio Sinem nº 3


"O darwinismo social tem origem na teoria explicada por Darwin de seleção natural. E segundo ela existem indivíduos com características físicas e sociais que se diferenciam uns dos outros entre superiores e inferiores. Hoje em dia essa diferença é facilmente perceptível no campo de poder aquisitivo, o capitalismo que reforça essa ideia de separação, nesse caso, entre ricos e pobres. Há também a discriminação em relação à aparência física, se a pessoa é bonita, feia, alta, baixa, gorda ou magra. E também está cada vez mais tomando proporções enormes hoje em dia".
Pedro Salles nº 24


"O darwinismo social hoje é muito notado em áreas de desigualdade como favelas ao lado de condomínios e mansões. É notório que a maioria que vive nas favelas é de cor de pele negra e nos condomínios, são majoritariamente brancos. Isso acontece desde os tempos do imperialismo europeu na América Latina e África, quando o negro e o índio eram tidos como inferiores e capazes apenas de trabalhos braçais. Apesar de ser um conceito extremamente preconceituoso e racista, é uma realidade muito presente no mundo e extremamente explícita no Brasil, onde se encontra muros de quadras poliesportivas de condomínios extra-luxuosos divididos com muros de favelas".
João Vitor Di Virgilio nº 13



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