sábado, 6 de abril de 2013

O Conceito de Mais Valia e o Contexto em que foi criada.


Com o processo artesanal de produção cada vez mais sendo substituído pelas maquinas, onde os artesões que dominavam o a produção de inicio ao fim, conhecendo cada etapa da produção, sendo substituídos por operários que apenas conheciam uma etapa e muitas vezes nem sabiam qual era o produto final. Nasce um conceito que revolucionou os estudos da economia e o nosso entendimento sobre o sistema capitalista, o conceito de mais valia, elaborado por Karl Marx.


                                                                           Karl Marx

Após a Revolução de 1830 na França, onde o povo ao lado da burguesia, lutou contra a nobreza e o Absolutismo. Após o ultimo Bourbon partir para o exílio, a alta burguesia, temendo o radicalismo das classes que participaram ativamente da revolução (Proletariado e pequena Burguesia) , instalou no poder o primo do rei, Luís Filipe de Orleans. Conhecido por "O Rei Burguês" era um monarca constitucional e liberal.

                                                                     Franz Xaver Winterhalter: Luís Filipe I, o rei burguês.

Quando os burgueses assumiram o poder, largaram o povo e passaram a ser eles os exploradores. Com o passar dos anos, o desemprego somado as longas jornadas, baixos salários e péssimas condições de trabalho deixaram o proletariado descontente. Em 1848, partidários de reformas sociais e uma minoria socialista sob a liderança de Louis Blanc derrubaram o rei, Luís Filipe, nascendo assim a Segunda República (1848- 1952).


                                                    Eugène Delacroix: A Liberdade Guiando o Povo.

Todo este contexto da Revolução de 1848 nasce na briga de classes surgida com a Revolução Industrial. O Capitalista querendo manter o domínio sobre os meios produtivos e à máxima exploração do trabalho do operário. Já o trabalhador, por sua vez, luta contra a exploração.

O conceito de Mais valia: Vamos supor que certo trabalhador tenha uma jornada diária de 8 horas. Ele demora 2 horas para confeccionar uma camisa, e nessas duas horas ele já criou uma quantidade de valor correspondente ao seu salário diário. Logo nas próximas 6 horas ele apenas gera lucro para o dono do meio de produção. É esta a base do conceito de Karl, que diz que a duração da jornada de trabalho resulta de um cálculo que leva em consideração o quanto interessa ao capitalista produzir para obter lucro sem desvalorizar o seu produto.  Ou seja, o trabalhador não recebe tudo o que ele produziu.

Fatos Históricos: Guilherme Albero, nº 09
Fatos  Sociológicos: Peter James.

Bibliografia:

COSTA, C. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 2005. 115 p.

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