sábado, 6 de abril de 2013

Era Napoleônica



Os processos revolucionários provocaram certa tensão na França onde de um lado estava a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por monarquistas e revolucionários radicais, e do outro lado as monarquias europeias  que temiam que os ideais revolucionários franceses se propagassem por seus reinos.
Foi derrubado na França, sob o comando de Napoleão, o governo do Diretório. Junto com a burguesia, Napoleão estabeleceu o consulado, primeira fase do seu governo. Este golpe ficou conhecido como o “Golpe 18 de Brumário” em 1799. O golpe então marca o início de um novo período na história francesa e assim também, européia: a Era Napoleônica.
O governo de Napoleão pode ser dividido em três partes: Consulado (1799-1804),  
Império (1804-1814) e Governo dos Cem Dias (1815).


Consulado:
Este período se caracterizou pela recuperação econômica e pela reorganização jurídica e administrativa na França.
O governo do consulado foi instalado depois da queda do Diretório. O consulado possuía caráter republicano e militar. No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: dois cônsules e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais dispunha de influência e poder era o próprio Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República. Apesar do cunho democrático criado pela nova constituição, era ele quem comandava o exército, propunha novas leis, nomeava os membros da administração e controlava a política externa.
No consulado, a burguesia detinha o poder e assim, foi consolidada com o grupo central da França. A forte censura à imprensa, a ação violenta dos órgãos policiais e o desmanche da oposição ao governo colocaram em questão os ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade” características da Revolução Francesa.
Entre os feitos de Napoleão (na época), podemos citar: 
  • Economia – Criação do Banco da França, em 1800, controlando a emissão de moeda e a inflação; criação de tarifas protecionistas, fortalecendo a economia nacional. Religião – Elaboração da Concordata entre a Igreja Católica e o Estado, o qual dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de amparar o clero. 
  • Direito – Criação do Código Napoleônico, representando em grande parte os interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante a lei, etc. 
  • Educação – Reorganização e prioridades para a educação e formação do cidadão francês. 


Império:
O Império foi implantado definitivamente após a mobilização da opinião pública. Em plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleônica foi aprovada com quase 60% dos votos e houve também a indicação de Napoleão ao trono. Em 2 de Dezembro foi oficializado Napoleão I, na Catedral de Notre Dame.
Nesse período, podemos destacar o grande número de batalhas de Napoleão para a conquista de novos territórios para a França. O exército francês tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.
Em 1805 a França tentou invadir a Inglaterra, mas foi derrotada. Decorrente deste fato o governo Napoleônico tentou enfraquecer a Inglaterra outras formas. Em 1806 decretou o Bloqueio Continental, o qual dizia que todos os países da Europa deveriam fechar seus portos ao comércio inglês. Mas este decreto não surtiu o efeito esperado, pois a França não conseguia abastecer todo o mercado da Europa.
A Rússia tinha aderido a esse decreto após um acordo com a França (Paz de Tilsit), mas como era um país essencialmente agrícola e estava enfrentando uma grave crise econômica viu-se obrigado a abandonar o Bloqueio Continental.
Após esses fatos temos a luta da coligação européia contra a França. Com a capitulação de Paris, o imperador foi obrigado a abdicar. 
Em vingança a decisão do Czar Alexandre I, o governo napoleônico decidiu invadir a Rússia em 1812.
Os generais acostumados com grandes vitórias conduziam suas tropas pelo imenso território russo, enquanto as tropas czaristas recuavam colocando fogo nas plantações e em tudo que servisse aos invasores. Em Moscou as tropas russas começaram a enfrentar as tropas francesas que estavam mal-alimentadas e desgastadas, devido isso Napoleão não teve outra escolha a não ser em ir embora.
A desastrosa campanha militar na Rússia encorajou outros países europeus a reagirem contra a supremacia francesa. Em 6 de Abril de 1814 um exército formado por ingleses, austríacos, russos e prussianos tomaram Paris e capturaram Napoleão enviando-o para a Ilha de Elba. O trono françês foi entregue a Luís XVII.


Governo dos Cem Dias 
Napoleão conseguiu fugir da Ilha de Elba e voltar a França em março de 1815. Ele foi recebido em Paris como herói e com gritos de “viva o imperador!”, ele se instalou no poder, obrigando a família real a fugir, mas a sua permanência no poder durou apenas cem dias.
A coligação militar da Europa se reorganizou e derrotaram definitivamente Napoleão na Batalha de Waterloo. Napoleão foi mandado para a Ilha de Santa Helena, onde ficou até sua morte.

Bibliografia:

Luiza Costa - nº 18

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